
Você já ouviu falar em cisto pilonidal ou cisto sacrococcígeo?
O cisto pilonidal, frequentemente confundido com um furúnculo, é uma doença benigna que acomete a pele e o subcutâneo na região do famoso “cofrinho” ou, tecnicamente falando, região sacrococcígea.
Existem diversas teorias que explicam o surgimento da doença pilonidal, entretanto não há nenhuma bem estabelecida. Por muitos anos acreditou-se que era uma doença congênita, em que a pessoa nascia com ela. Entretanto, atualmente sabemos que é uma doença adquirida, ou seja, que surge durante a vida.
Ela é frequentemente associada a pessoas que permanecem muito tempo sentadas (conhecida por muitos como a doença do caminhoneiro) e acredita-se que ela surja em decorrência de traumas na pele e subcutâneo da região levando ao acúmulo de pelos e secreções na região.
Quais os sintomas do cisto pilonidal?
Muitos pacientes são assintomáticos. Entretanto a maior parte dos pacientes descobre a doença após um quadro de formação de abscesso na região. Por este motivo, ele é frequentemente confundido com um furúnculo.
Dessa forma, ele pode gerar:
- Abaulamento ou nodulação;
- Saída de secreção/pus;
- Dor local
- Vermelhidão local
- Febre e mal estar
Após a drenagem deste abscesso (espontânea ou cirúrgica) o paciente pode permanecer assintomático, apresentar novos quadros de abscesso ou evoluir para a forma crônica da doença com saída de secreção, sangue e dor local.
Tratamento de cisto pilonidal com ferida menor: tratamento convencional x tratamento a laser
Um dos maiores receios de quem tem o cisto pilonidal é a recuperação após a cirurgia. A cirurgia convencional gera uma ferida muito maior, com uma recuperação mais lenta e necessidade de trocas de curativos.
Por este motivo, foram criadas técnicas mais modernas, dentre elas a técnica a laser. Ela possibilita uma recuperação mais rápida uma vez que o laser destrói e colaba o trajeto do cisto.
No vídeo abaixo explico um pouco mais sobre estas técnicas.
O cisto pilonidal vira câncer?
Embora o risco de malignização, ou seja, de virar câncer seja baixo, sim o cisto sacrococcígeo pode virar câncer. Todo processo inflamatório crônico no organismo pode modificar nossas células e propiciar a formação de câncer.
Qual o tratamento do cisto pilonidal?
Na fase aguda, com a presença do abscesso, devemos avaliar a extensão do mesmo para definir o melhor tratamento. Na maior parte das vezes é necessária antibioticoterapia associada ou não com drenagem.
Já nos casos crônicos podemos realizar as técnicas de retirada de todo tecido acometido, técnicas de abertura dos trajetos de lesão. A ferida cirúrgica pode ou não ficar aberta, a depender da técnica utilizada pelo cirurgião.
Atualmente existem outras técnicas para retirada dos cistos. Estas devem ser muito bem indicadas pois embora tenham melhor resultado estético e retorno mais precoce às atividades podem ter maior chance de recidiva (retorno) da doença.
Dentre elas podemos destacar a cirurgia a laser com objetivo de destruir e fibrosar o cisto e a técnica endoscópica EPISiT (“Endoscopic Pilonidal Sinus Treatment”). Ambas visam destruir e fibrosar o cisto com fontes de energia diferentes.
Há chance de a doença voltar?
Infelizmente sim. Por este motivo é importante avaliar a melhor técnica para cada paciente. Mesmo realizando a técnica da forma mais adequada possível este risco sempre existe.
DRA. ALINE CELEGHINI – PROCTOLOGISTA EM SÃO PAULO
A Dra. Aline Celeghini é Médica Coloproctologista e Cirurgiã Geral formada pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, atualmente é pós graduanda em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo pelo Hospital Israelita Albert Einstein e professora da graduação em Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.
A Dra. Aline Celeghini (CRM SP 183830) ajuda você a cuidar da saúde do seu intestino!
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Sou a Eduarda Ferreira, gostei muito do seu artigo tem
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