Gordura no fígado, e agora?
O achado de gordura no fígado, ou esteatose hepática, é bastante comum em nossa população e tem uma incidência crescente em todo o mundo. Está relacionada a uma série de condições como consumo de álcool, hepatites virais, doenças hereditárias do fígado, doenças crônicas, uso de medicamentos, entre outras. Mas o que vem ganhando notoriedade é a esteatose hepática relacionada ao estilo de vida devido à presença cada vez maior de sedentarismo, obesidade, colesterol elevado e diabetes tipo II na população.
O pilar do tratamento da esteatose hepática é a mudança na dieta e no estilo de vida. Os estudos mostram que a adoção de uma dieta equilibrada associada a uma prática constante de atividade física é responsável por uma melhora significativa da esteatose hepática e, consequentemente, do risco de uma evolução desfavorável, além dos inúmeros benefícios para a saúde física e mental como um todo.
Em alguns casos selecionados pode ser necessário o uso de medicamentos para auxílio no tratamento. Como são variadas as causas de esteatose hepática e como devem ser consideradas características próprias de cada indivíduo para um manejo adequado, o diagnóstico, acompanhamento e tratamento do paciente com esteatose hepática deve ser individualizado.
Referência: Huang TD, Behary J, Zekry A. Non-alcoholic fatty liver disease: a review of epidemiology, risk factors, diagnosis and management. Intern Med J. 2020 Sep;50(9):1038-1047. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31760676/
Adolpho Alexander Letizio da Silva
Médico clínico geral e gastroenterologista
CRM 167927 SP
https://dradolpholetiziogastro.com.br/
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