Não consigo seguras as fezes. E agora? Isso é normal?

Não, embora muitas pessoas achem normal a presença de incontinência fecal ou urinária com o passar da idade, não é normal perdemos fezes, urina ou gases e temos que buscar um tratamento.

Embora cerca de 20% das mulheres evoluam com incontinência fecal, perda incontrolável de gases e fezes, devemos sempre buscar o tratamento! Não se trata apenas de uma doença, mas de algo que impacta a qualidade de vida do indivíduo de forma substancial, gerando muitas vezes isolamento, vergonha e, inclusive, depressão.

 

 

Quais as causas da incontinência fecal?

 

Existem diversos fatores que podem propiciar a incontinência fecal. De maneira geral, estes fatores estão relacionados com a modificação do nosso assoalho pélvico, relações neurológicas e consistência das fezes.

 

O assoalho pélvico funciona como se fosse o chão de uma casa. Ele é composto por músculos e ligamentos responsáveis pela sustentação de alguns órgãos como o reto, útero e bexiga. A sua fraqueza pode gerar doenças como a retocele, cistocele, prolapso uterino, incontinência fecal, dentre outras doenças.

 

Dessa forma, os principais fatores de risco para o não funcionamento adequado do nosso assoalho pélvico e, por fim, pela incontinência fecal são:

– Alterações neurológicas e sistêmicas como esclerose múltipla, diabetes e hipertireoidismo

– Disfunções pélvicas relacionadas a gravidez a ao parto -lesão direta da musculatura ou estiramento do nervo

Constipação

– Obesidade e tabagismo

– Cirurgias anorretais (hemorroidectomias, fistulotomias, drenagens de abscessos)

 

 

Quais os sintomas da incontinência fecal?

 

O paciente pode apresentar o desejo evacuatório e não conseguir se dirigir ao banheiro (urgência fecal) ou ele pode não perceber que apresentou a perda fecal.

Entretanto, independente da percepção da perda fecal, o paciente pode apresentar formas leves em que apresenta dificuldade de segurar por muito tempo, escapes de gases aos pequenos esforços (como tosse e espirro) ou pequenas sujidades na roupa íntima mesmo sem nenhum esforço (soiling) ou formas graves como perda de fezes formadas com necessidade do uso de fraldas.

 

Como é feito o diagnóstico?

 

O diagnóstico é feito com a história detalhada e exame físico.

Alguns exames podem ser solicitados com o intuito de auxiliar na identificação da cauda da incontinência fecal, como a manometria anorretal, ressonância magnética ou ultrassonografia endoanal.

 

O diagnóstico da incontinência fecal é feito com a coleta da sua história detalhada associado ao exame proctológico completo e com exames complementares como a manometria anorretal e ultrassonografia anal.

 

 

 

Como é o exame de Manometria Anoretal?

 

Confira no vídeo abaixo da para uma melhor compreensão deste exame.

 

 

 

 

 

Como é o tratamento?

 

Para o tratamento adequado é necessário entender a causa da incontinência fecal. Há uma gama de terapias que variam de suplementação até procedimentos cirúrgicos.

Inicialmente, devemos avaliar a integridade muscular. A partir dela conseguimos definir qual método é o mais indicado para cada paciente.

De maneira geral, iniciamos com aumento da ingesta de fibras para promoção do aumento do bolo fecal, associado a medicações e a técnicas de fisioterapia pélvica, como o biofeedback

e eletroestimulação que auxiliam na melhora da pressão realizada pela musculatura do esfíncter anal.

Nas falhas do tratamento clínico podemos realizar procedimentos menos invasivos como a neuroestimulação sacral ou procedimentos cirúrgicos a depender da etiologia/causa da incontinência fecal.

 

O que é biofeedback?

 

O biofeedback é um treinamento realizado com a musculatura anal. Ele pode ser utilizado para o tratamento de algumas doenças do canal anal como incontinência fecal, anismus ou proctalgia fugaz.

Trata-se de um aparelho com o qual introduzimos um balão no ânus e dessa forma conseguimos avaliar as pressões exercidas pela musculatura do nosso esfíncter dentro do canal anal.

Os exercícios são realizados de acordo com a queixa do paciente e podem ser associados com outros métodos como a eletroestimulação e fisioterapia pélvica a depender do quadro do paciente.

Vale ressaltar que são tratamento indolores com o objetivo de maior consciência proprioceptiva da região e o comprometimento do paciente com a realização de exercícios em casa é extremamente importante para melhores resultados.

 

Incontinência fecal não é normal! Entenda o tratamento!

Saiba mais no vídeo abaixo sobre a neuromodulação sacral, um tratamento cirúrgico para esta condição.

https://www.youtube.com/watch?v=LIs3_Ua0q5g

 

 

DRA. ALINE CELEGHINI – PROCTOLOGISTA EM SÃO PAULO

A Dra. Aline Celeghini é Médica Coloproctologista e Cirurgiã Geral formada pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).

Membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, atualmente é pós graduanda em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo pelo Hospital Israelita Albert Einstein e professora da graduação em Medicina da Universidade Anhembi Morumbi.

A Dra. Aline Celeghini (CRM SP 183830) ajuda você a cuidar da saúde do seu intestino!

 

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